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Você já teve a sensação de que seu computador ou celular ganhou “vida própria”? Talvez a ventoinha comece a girar ruidosamente quando você não está fazendo nada pesado ou a internet fique inexplicavelmente lenta.
Antes de culpar a idade do aparelho, a marca ou pensar em trocar, vale considerar uma possibilidade mais sinistra (e curiosa): o seu dispositivo pode ter sido recrutado para um “exército zumbi” digital.
O que é e para que serve uma botnet?
O termo botnet parece coisa de filme de ficção científica, e não está muito longe disso. É a junção das palavras robot (robô) e network …
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Você já teve a sensação de que seu computador ou celular ganhou “vida própria”? Talvez a ventoinha comece a girar ruidosamente quando você não está fazendo nada pesado ou a internet fique inexplicavelmente lenta.
Antes de culpar a idade do aparelho, a marca ou pensar em trocar, vale considerar uma possibilidade mais sinistra (e curiosa): o seu dispositivo pode ter sido recrutado para um “exército zumbi” digital.
O que é e para que serve uma botnet?
O termo botnet parece coisa de filme de ficção científica, e não está muito longe disso. É a junção das palavras robot (robô) e network (rede). Na prática, trata-se de uma rede de computadores, smartphones ou dispositivos IoT (Internet das Coisas) infectados por um malware que permite a um criminoso controlá-los remotamente.
Imagine que seu computador é um soldado adormecido. Um cibercriminoso infecta sua máquina, mas não rouba suas senhas bancárias imediatamente. Em vez disso, ele deixa o sistema quieto, aguardando um comando. Quando ele decide atacar, ele acorda milhares desses dispositivos “zumbis” simultaneamente para realizar uma tarefa massiva.
Ilustração de hacker na mesa com computadores (Imegm: deeznutz1/Pixabay)
Segundo especialistas em segurança,botnets são redes de dispositivos sequestrados usadas para diversos fins ilícitos, sem que o dono do aparelho perceba. As principais funções incluem:
- Ataques DDoS: Milhares de computadores acessam um site ao mesmo tempo para derrubá-lo por sobrecarga.
- Envio de spam: Seu e-mail é usado para disparar milhões de mensagens de propaganda ou golpes, livrando o criminoso de ser rastreado.
- Mineração de criptomoedas: O processador do seu PC trabalha no máximo para gerar dinheiro digital para o hacker, deixando sua conta de luz mais cara e seu computador lento.
A infecção geralmente ocorre por descuidos comuns: clicar em links suspeitos, baixar softwares piratas ou não atualizar o sistema operacional. Uma vez dentro, o malware se comunica com o servidor do invasor e aguarda ordens.
Leia mais:
- Malware: o que é e quais tipos existem?
- Como remover malware no PC ou notebook em 4 passos
- 5 malwares que infectam o celular mesmo sem você ter baixado aplicativos
Como saber se você faz parte de uma botnet
A parte mais assustadora de uma botnet é a discrição. Diferente de um vírus que apaga seus arquivos e anuncia sua presença, o bot quer passar despercebido para continuar usando seus recursos. No entanto, ainda deixa rastros.
Se o seu dispositivo apresenta lentidão súbita, travamentos frequentes ou se a bateria do notebook e celular está drenando muito mais rápido que o normal, fique alerta. Outro sinal clássico é a atividade de rede suspeita: consumo e tráfego de dados frenéticos quando ninguém está usando a internet pode indicar que sua máquina está enviando dados sem sua permissão.
Hacker invadindo sistemas (Song_about_summer/Shutterstock)
Para tirar a dúvida, a recomendação é utilizar ferramentas de segurança robustas. Empresas de antivírus possuem tecnologias específicas que conseguem identificar essa comunicação oculta.Softwares de verificação podem detectar se o seu PC virou um zumbi e cortar a conexão com o controlador da botnet.
A prevenção continua sendo o melhor remédio: mantenha seu antivírus atualizado, desconfie de downloads piratas e lembre-se que, na internet, se você não está no comando do seu dispositivo, alguém pode estar.