Empresa foi selecionada em 2024 para participar do OpenRAN@Brasil
Democratizar a cibersegurança, tornando-a mais acessível, integrada e centrada na privacidade. É essa a missão que move a Ring Zero Networks. Criada em 2020 para repensar como a proteção digital chega às redes, a startup foi selecionada no ano passado para o programa OpenRAN@Brasil – iniciativa coordenada pela RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) – para avançar com um novo padrão de redes móveis no país. A partir desse apoio, a empresa conseguiu expandir o alcance de suas soluções e ampliar o impacto de seu trabalho.
O principal produto da empresa é o RingZero Dome, um Secure Web Gateway que roda diretamente em rot...
Empresa foi selecionada em 2024 para participar do OpenRAN@Brasil
Democratizar a cibersegurança, tornando-a mais acessível, integrada e centrada na privacidade. É essa a missão que move a Ring Zero Networks. Criada em 2020 para repensar como a proteção digital chega às redes, a startup foi selecionada no ano passado para o programa OpenRAN@Brasil – iniciativa coordenada pela RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) – para avançar com um novo padrão de redes móveis no país. A partir desse apoio, a empresa conseguiu expandir o alcance de suas soluções e ampliar o impacto de seu trabalho.
O principal produto da empresa é o RingZero Dome, um Secure Web Gateway que roda diretamente em roteadores e pontos de acesso Wi-Fi. Ele também pode ser aplicado na borda de redes 4G e 5G, nos equipamentos de acesso mais próximos ao usuário, como estações rádio base, onde o tráfego entra ou sai de uma rede móvel.
A solução tem raízes acadêmicas: seu embrião surgiu em 2008 no LabLua da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Desde então, evoluiu para um sistema capaz de filtrar o tráfego da internet, protegendo contra malwares, cryptojacking, spam, phishing e outras ameaças. Com ela, provedores e fabricantes podem oferecer redes mais seguras sem instalar aplicativos nos dispositivos dos usuários e sem coletar dados pessoais, reduzindo custos e riscos à privacidade.
“Nosso diferencial está na privacidade por arquitetura. O Dome não realiza quebra de criptografia e toda a inspeção acontece localmente, sem a necessidade de enviar dados sensíveis para clouds privadas. É uma solução leve, de baixo custo, que roda em hardware de prateleira, sem a necessidade de dispositivos dedicados ou apps”, explica Lourival Vieira Neto, CEO da Ring Zero Networks.
Ao entrar no OpenRAN@Brasil, a startup teve acesso ao testbed do programa, um espaço físico que permite testes com a tecnologia Open RAN. O diferencial dela é permitir que os equipamentos de uma rede possam ser de diferentes empresas, enquanto, no modelo atual, as peças devem pertencer a um único fabricante.
“A entrada no programa foi um verdadeiro divisor de águas. Graças a esse ambiente, pudemos testar e comprovar a eficácia da solução de segurança operando na borda móvel, algo que dificilmente seria possível para uma startup sem o acesso à infraestrutura de referência, suporte técnico qualificado e equipamentos de alto custo proporcionados pelo programa”, relata Marcel Moura, COO da empresa.
Além das parcerias, o OpenRAN@Brasil também ajudou a Ring Zero Networks a entender melhor as demandas do mercado e adaptar sua solução para cenários reais de operação. A equipe teve ainda acesso a retornos de operadoras e fabricantes, o que permitiu ajustes técnicos importantes e validação de modelos de negócio.
“O programa não apenas apoiou o desenvolvimento tecnológico, mas também proporcionou aprendizados de mercado, validação de oportunidades e conexões com clientes reais, consolidando nossa posição em um ambiente de inovação que impulsiona redes abertas no Brasil”, afirma Moura.
O próximo passo da Ring Zero Networks é levar sua tecnologia para mais fabricantes de equipamentos e provedores de internet. Uma das iniciativas nesse sentido é uma parceria com uma empresa sediada em Taiwan, que ajudará a aperfeiçoar ainda mais sua solução para as redes do futuro.
“Nosso compromisso é continuar contribuindo ativamente para a evolução dos ecossistemas de redes abertas. Tanto no Brasil quanto no cenário internacional, ampliando o alcance dessas tecnologias e fortalecendo a autonomia tecnológica do país”, conclui Neto.
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